Os bares e restaurantes de Campinas e região temem o risco do fechamento obrigatório e por isso pregam a prevenção e acompanham com cautela o anúncio das medidas contra o avanço do novo coronavírus no País e no mundo. Com expectativa de prejuízos incalculáveis no caso de veto à circulação de pessoas, a ideia é auxiliar na contenção do contágio e fazer com que o panorama não chegue a esse ponto, já que muitos estabelecimentos poderiam até falir.
O presidente da regional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Matheus Mazon, explica que o reforço da higiene não se restringe aos funcionários, mas envolve a relação com clientes e a distâncias entre as mesas. “As operações precisam continuar até o momento que não puder ter gente nas ruas, porque o cenário preocupa o setor, formado por uma maioria de empresas pequenas e familiares, por conta do risco de fechamento e desemprego”, diz.
Querendo evitar as restrições aos comércios adotadas em países como a China, epicentro da pandemia, e a Itália, com alta recente de casos e mortes, a Abrasel mira outros exemplos e alega estar em contato direto com as autoridades. Enquanto recebe consultas de associados preocupados com a possibilidade de fechamento, a entidade cita a estratégia do governo do Reino Unido, que até o momento não ordenou quarentena, ou qualquer veto a circulação de pessoas.
“Tem bastante gente preocupada e nos consultando sobre a chance de ‘lockdown’ e nós entendemos que o Brasil pode seguir o caminho da Inglaterra, que trabalha mais com a conscientização antes de fechar locais privados”, relata.
Ao mesmo tempo em que faz a interlocução entre o setor e as autoridades sobre o que será feito de agora em diante no Brasil, a Abrasel já convive com algumas realidades impostas e que surgem em meio à preocupação com o covid-19. Enquanto no Distrito Federal, por exemplo, a série de restrições do governo obrigou o comerciante a dispor as mesas em uma distância mínima de dois metros, o delivery deve ter aumento na demanda nos próximos dias e semanas.
