A decisão da Unicamp de suspender as atividades presenciais que evolvem estudantes no campus da universidade será mantida até, pelo menos, 29 de março. O objetivo é evitar aglomerações, como salas de aulas, ônibus lotados para o deslocamento de alunos e restaurantes estudantis. Segundo o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, a intenção é reduzir os impactos do período de pico de transmissão da doença, contribuindo para evitar a exaustão nos serviços de saúde da cidade. “É buscar contribuir com a saúde pública e evitar o alastramento rápido da doença. Certamente ela virá e se o alastramento for muito rápido, vamos ter dificuldades no atendimento à população”, afirma. De acordo com Knobel, as demais atividades, como área da saúde, laboratórios e setor administrativo, serão mantidas. “O HC, saúde, administrativo funcionam normalmente. A Universidade não parou”, disse. As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa, com a presença do reitor e de médicos infectologistas do HC da Unicamp, onde foi também divulgado um balanço dos casos suspeitos na instituição.
São seis casos suspeitos na comunidade interna, entre estudantes, médicos residentes e funcionários, que foram atendidos no Cecom – Centro de Saúde da Comunidade. Ao todo, incluindo os atendimentos da população em geral no HC da Unicamp, são 16 casos suspeitos contabilizados, sendo cinco descartados. A médica infectologista e chefe da seção de epidemiologia do HC da Unicamp, Maria Luiza Moretti, afirma que em nenhum dos casos foi necessária internação e os pacientes aguardam em casa os resultados dos exames. “Nenhum caso houve internação. Todos os casos atendidos são leves, apresentando apenas quadros gripais”, garantiu. Estão sendo analisadas formas de manter as atividades acadêmicas à distância, na tentativa de reduzir os impactos ao calendário acadêmico dos estudantes.
