Moradores de Campinas com mais de 60 anos e funcionários de clínicas e abrigos para idosos começaram a ser vacinados contra a gripe em tendas. As estruturas foram montadas do lado de fora dos 66 postos de saúde da cidade e servem para evitar aglomerações e o risco de contágio pelo coronavírus.
A coordenadora do programa de imunização municipal, Ana Cecilia Zocolotti, explica que pontos volantes também foram colocados em praças e escolas. A doutora detalha que as equipes forem treinadas e contam com triagem feita por profissionais capazes de identificar e isolar pacientes com sintomas gripais.
“O protocolo é ter alguém na triagem pra organizar a fila. E pessoas com sintomas gripais serão afastadas e orientadas a buscar atendimento”, afirma.
As doses previnem os dois tipos de Influenza A, H1N1 e H3N2, e também a Influenza B, e a aplicação foi antecipada justamente por conta do coronavírus. O adiantamento serve para fazer com que as autoridades e unidades consigam diferenciar os casos de gripe do novo vírus, para o qual ainda não há vacina.
Com isso, a atenção está voltada para os idosos, que formam o grupo de risco da covid-19. Esse público, somente em Campinas, é formado por 246 mil pessoas. No caso de reação leve ao medicamento, a coordenadora de imunização pede que a pessoa fique isolada em casa, principal indicação em meio à pandemia.
“A reação pela vacina é leve e somente algumas pessoas desenvolvem. Se os sintomas persistirem, casos mais graves devem buscar postos de saúde”, diz.
Após a etapa para idosos e trabalhadores da saúde, outros grupos serão vacinados. O Dia D é em 9 de maio. O encerramento, no dia 22 do mesmo mês. Até lá, porém, Campinas pode contar com um sistema drive-thru de imunização. A ideia é considerada pelo prefeito, Jonas Donizette do PSB. A possibilidade em estudo leva em consideração o uso dos estacionamentos dos estabelecimentos comerciais fechados durante o surto, como os shoppings.