O impacto da pandemia do coronavírus no comércio da região de Campinas deverá ser sentido com maior intensidade a partir de maio, com uma expectativa de queda de 2% nas vendas. A projeção é do SindiVarejista de Campinas e Região, que em parceira com a FecomercioSP, aponta entre os setores mais atingidos, os eletroeletrônicos, concessionárias, autopeças, móveis e decoração.
Já farmácias, supermercados e vestuários deverão manter alta impulsionada especialmente pela injeção do 13º salário que será antecipado para aposentados e pensionistas. O vestuário entra na lista dos produtos com projeção de alta por causa da maior frequência de troca de roupas como medida de prevenção. Já os bens duráveis, de acordo com a presidente do SindiVarejista, Sanae Murayama Saito, vão registrar queda no consumo.
Eduardo Tadeu Teixeira, dono de uma fábrica de colchões, em Campinas, já sentiu uma queda de 50% na movimentação do negócio. De acordo com José Luis Burghi Filho, proprietário de um salão de cabelo e estética no Cambuí, nos primeiros 15 dias de março, a queda no movimento se restringiu a poucos clientes que tiveram eventos cancelados. Mas, agora, na segunda quinzena, ele começou a receber cancelamentos de clientes em função do isolamento domiciliar, para evitar o contágio pelo COVID-19.
Para tranquilizar os clientes, Luis fala dos procedimentos de prevenção que estão sendo compartilhados num grupo de profissionais de estética. A previsão é que o 13º salário para aposentados e pensionistas injete na economia da região de Campinas cerca de R$ 400 milhões, sendo que deste montante 40% será destinado para pagamento de dívidas e outros 60% para o consumo.