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Padarias lutam para evitar ter o mesmo fim da Orly

Foto: Valéria Hein

O fechamento da tradicional padaria Orly, no centro de Campinas, é um dos exemplos do que o setor enfrenta. A carga tributária considerada pesada, a burocracia e os custos de gestão se somam à degradação e à falta de segurança. O relato é do presidente do Sindicato dos Panificadores de Campinas e Região, João Augusto Moliane, que clama pelo envolvimento do poder público na busca por uma solução, já que os estabelecimentos estão sufocados pelos problemas.

Ele faz coro aos argumentos dos donos da Orly sobre a falta de condições e o excesso de pessoas em situação de rua na região central e acrescenta outras críticas. A falta de espaço para estacionamento de veículos é a principal delas. “Impossibilita que o comércio tenha outros clientes, aqueles que estão de passagem, porque eles não conseguem parar. E aí depende de quem mora ou trabalha perto. Isso reflete nas vendas e acaba encarecendo os produtos”, diz.

Mas o presidente do Sipac enumera ainda outros motivos capazes de causar o encerramento das atividades de uma padaria cinquentenária: os altos valores gastos com a folha de pagamento, os aluguéis fora da realidade e os impostos. Favorável à reforma tributária que ainda começa a ser discutida no Congresso, Moliane também mira a burocracia. Ele cita a extensa lista de exigências, regras e leis, que afirma inviabilizar o funcionamento das padarias no município.

“Custa muito renovar o alvará anualmente, ou a cada três anos. E a gente tem visto lugares sendo fechados. Tivemos o caso de uma padaria que fechou pra fazer as adequações e, quando reabriu, não suportou quatros meses”, afirma.

Para evitar a diminuição de padarias e o aumento do desemprego na cidade, o setor tem apostado em algumas estratégias. As principais delas são a qualificação da mão de obra e a tentativa de manter diálogo com a Prefeitura.

Em nota, a Emdec informou que a Avenida Francisco Glicério possui vagas rápidas gratuitas de estacionamento, em bolsões implantados ao longo da via. Além das vagas rápidas, há vagas exclusivas para idosos, deficientes e locais para “Carga e Descarga”. Tais bolsões estão do lado esquerdo da via. A faixa da direita da Glicério ficou exclusiva para o transporte público coletivo municipal. A revitalização da Avenida Francisco Glicério, que teve a primeira fase entregue em 2015, promoveu maior fluidez viária e segurança nos deslocamentos, ao mesmo tempo em que acomodou, adequadamente, todo o tráfego de veículos e circulação de pedestres.

Importante destacar que no entorno da região mencionada há o atual sistema de Zona Azul (Estacionamento Rotativo Pago). São 1,9 mil vagas públicas de estacionamento, distribuídas entre o Centro, Centro expandido e Guanabara. A permanência, dependendo do local, pode ser de 1h, 2h ou 5h. O preço é único e fixo: R$ 4,00.

A Administração municipal trabalha na abertura, mais uma vez, da licitação para a concessão do novo sistema de Estacionamento Rotativo Digital Pago, a chamada Zona Azul Eletrônica. O atual sistema será completamente remodelado. Além de eliminar possíveis fraudes, a modernização do sistema promoverá maior rotatividade e o uso mais democrático das vagas, que serão ampliadas para 8 mil.

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