Dados do Departamento de Economia da ACIC apontam que o número de mulheres economicamente ativas não para de crescer. Se no Brasil elas fecharam 2019 representando 44,92% do mercado de trabalho, na Região Metropolitana de Campinas os números são bem parecidos. São 923,6 mil trabalhadoras, o que representa 45% da população economicamente ativa. E não é apenas a questão financeira que têm levado as mulheres para o mercado de trabalho.
Célia Regina Zeolo encontrou na fabricação e comercialização de bolos, em uma loja instalada na Avenida Benjamin Constant, em Campinas, uma forma de realização pessoal. Adilza Costa, da Vivá, encontrou na decoração sustentável uma forma de se manter financeiramente e ainda apoiar uma causa. Apesar do lado positivo, essa atual realidade da mulher no mercado de trabalho gera também a tão cruel dupla jornada de trabalho.
Deusely de Sousa Barros é atendente em uma lanchonete e depois de toda a jornada diária de trabalho, ela ainda precisa enfrentar um segundo expediente em casa. Ela é casada e tem uma criança pequena e precisa trabalhar para ajudar nas despesas. De acordo com Leila Pelegrino, professora de economia na Universidade Presbiteriana Mackenzie de Campinas, os números crescentes da presença da mulher no mercado de trabalho ainda são questionáveis quando o assunto é equiparação salarial e profissional . Nos últimos 15 anos, quase dobrou o número de mulheres que lideram os lares brasileiros.
