O vereador Tenente Santini, dos PSD, afirmou ter sido comunicado pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que Campinas não receberá uma unidade da escola cívico-militar. Segundo o parlamentar, o ministério alegou que a cidade não cumpriu com os protocolos exigidos para a implantação do modelo de ensino proposto pelo Governo Federal. Deste modo, a unidade a ser implantada no estado de São Paulo teria sido transferida para Sorocaba.
Porém, em nota oficial, o Ministério da Educação negou a informação e disse que notificou a prefeitura de Campinas para se manifestar até a próxima segunda-feira sobre o processo de implantação do modelo cívico-militar. Somente após o fim deste prazo, o MEC irá se pronunciar oficialmente sobre a questão. Já a secretaria de educação de Campinas informou que aguarda uma decisão judicial para realizar ou cancelar a consulta pública exigida pelo Ministério.
De todo modo, Tenente Santini gravou um vídeo em suas redes sociais falando sobre a conversa com o ministro e atacou o modo como a prefeitura conduziu o processo de implantação da escola cívico-militar em Campinas. Ele também fez queixas aos partidos de oposição. “Conversei hoje com o ministro Abraham e ele falou que a cidade de Campinas não seguiu os protocolos definidos pelo MEC. Os vereadores de esquerda entraram com ação na justiça e fizeram um escarcéu. A prefeitura em nenhum momento se posicionou de maneira interessada para que isso saísse. Então o ministro me disse que a escola vai para Sorocaba, onde a prefeitura está mais interessada e a implantação será mais fácil”, afirmou.
O vereador Gustavo Petta, do PC do B, sempre foi contrário a implantação do modelo em Campinas e ingressou com a ação que questionava o processo no Ministério Público. Ele também usou as redes sociais para se manifestar sobre a suposta decisão do Ministério da Saúde. “Não haverá a escola cívico-militar em Campinas. Vamos continuar lutando para continuar valorizando a escola pública de Campinas, valorizar os professores. Vamos cuidar muito da Escola Odila Maia, no Campo belo, para que ela melhore e estimule o protagonismo estudantil”, disse.
A prefeitura de Campinas havia escolhido a Escola Municipal Odila Maia Rocha Brito, no Jardim São Domingos, para a implantação do modelo cívico-militar. Uma das exigências era a realização de uma consulta popular na escola. O processo chegou a ser iniciado em dezembro, mas foi suspenso antes de terminar por decisão da justiça.