O turismo é um dos setores que mais sofrem com a crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus e a expectativa é de uma onda de demissões na área. Para minimizar um pouco essa situação, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade busca o aditamento das convenções coletivas para tentar reduzir o número de dispensa de funcionários. A entidade representa mais de quatro milhões de trabalhadores em todo o Brasil. A proposta é oferecer subsídio para as entidades filiadas e renegociar as convenções coletivas, com base na Medida Provisória 93, do Governo Federal, para buscar uma saída que possa evitar o cenário de terra arrasada.
Os reflexos do isolamento social para o setor de turismo são muito graves. A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação estima a falência de 10% dos hotéis no país. 30% dos restaurantes e similares de toda a rede brasileira também deverão fechar as portas. Esse índice representa 200 mil estabelecimentos. De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade, Wilson Pereira, as projeções para um futuro próximo não são nada boas. Segundo ele, a expectativa é demitir 600 mil trabalhadores, o que deixa o setor numa situação dramática. “Estamos estimando uma perda de emprego, de aproximadamente 600 mil. Então é muito preocupante. A situação realmente é dramática para nós. Principalmente num momento em que o Brasil precisa crescer e conta com o turismo, que alavanca a economia”, afirma.
Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou ainda que, somente em março, foram R$ 11,96 bilhões em perdas de receita no setor, o que representa uma queda de 84% em relação ao mesmo período de 2019.
