A maior parte dos passageiros e dos motoristas do transporte público municipal de Campinas não usa máscaras dentro dos coletivos. A reportagem esteve nos terminais Mercado e Central e confirmou a situação, que também foi reconhecida pelos usuários dos ônibus.
Maria Aparecida, por exemplo, não usava a proteção e justificou ainda não estar habituada com a recomendação feita pelas autoridades. Ela embarca nas linhas 2.53 ou 2.40 todos os dias e conta que é comum encontrar passageiros e motoristas desprotegidos. “Venho na cidade quase todo dia e às vezes um usa a máscara, mas aí o outro não usa. Então cada um faz do jeito que quer”, afirma.
Uma motorista de um dos veículos da concessionária Campibus não usava máscara, mas disse ter recebido álcool gel da empresa. A mulher não quis gravar entrevista por temer algum tipo de sanção e argumentou que higieniza as mãos com frequência.
No veículo conduzido por ela, que partiu do Terminal Mercado, somente um dos cinco passageiros estava com as vias aéreas cobertas. Nas demais plataformas do local, aliás, o total de pessoas protegidas variava, mas a maioria não usava qualquer tipo de cobertura.
As concessionárias VB Transportes, Itajaí, Onicamp, Expresso Campibus e Coletivos Pádova alegam recomendar o uso de máscaras. O comunicado conjunto diz que a definição foi feita nas últimas semanas para ampliar a proteção aos funcionários e clientes. De acordo com o texto, a distribuição de álcool gel 70% aos funcionários e uma ampla divulgação sobre a covid-19 também foram feitas.