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Respiradores somem e Campinas reavalia Metropolitano

Foto: Danilo Braga

Após anunciar que assumiria o controle do Hospital Metropolitano por 90 dias, a prefeitura de Campinas admitiu que vai reavaliar o contrato após o sumiço de 15 respiradores da unidade de saúde. A parceria havia sido firmada como forma de enfrentamento à pandemia de covid-19. Inicialmente, a prefeitura de Campinas e o governo do estado haviam firmado uma parceria para que o Ambulatório Médico de Especialidades, que deve ser inaugurado nos próximos dias, fosse usado exclusivamente para o atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

A previsão era de que haveriam 35 leitos disponíveis. Mas alguns dias depois, a secretaria de saúde informou que o AME deverá contar com apenas 10 leitos, o que forçou a administração a buscar a alternativa do Hospital Metropolitano, que fica na mesma região do bairro Parque Itália. Só que após o acordo, os respiradores sumiram sem nenhuma explicação. O contrato inicial previa o pagamento de R$ 2,2 milhões para a estrutura completa do Hospital Metropolitano, incluindo os leitos de UTI. Após o sumiço dos equipamentos, a unidade de saúde fez uma contraproposta, pedindo pouco mais de R$ 500 mil ao município, para oferecer sua estrutura física no atendimento. Essa proposta foi negada pela prefeitura.

De todo modo, a administração admite seguir com a parceria, mas quer a reavaliação do contrato, impondo um valor ainda menor, para manter o controle sobre a unidade de saúde, que tem boas instalações, como afirmou o secretário de saúde, Cármino de Sousa. “Independente do que vai acontecer, continua nos interessando o hospital. Ainda que nós não tenhamos os 15 leitos de UTI, nós podemos ter leito de retaguarda. Então, a condição do hospital ainda nos permite continuar as tratativas para a utilização do prédio”, explica.

Mesmo assim, o prefeito Jonas Donizette afirmou que vai pedir à secretaria de assuntos jurídicos que acione o Ministério Público para investigar o que aconteceu com os equipamentos da unidade de saúde. “Eu estou pedindo pro Panuto (Peter Panuto, secretário de negócios jurídicos da prefeitura) fazer uma provocação à justiça comum, para que o Ministério Público investigue isso. Porque isso não pode acontecer. Se sumiu, foi porque alguém pegou os equipamentos e levou para outro lugar”, afirmou.

Outro ponto abordado pelo prefeito Jonas Donizette se refere ao hospital de campanha, inicialmente previsto para funcionar na Unicamp. O chefe do executivo vem avaliando a possibilidade da estrutura ser montada na sede dos patrulheiros, que fica praticamente ao lado do AME e do Hospital Mário Gatti, descartando a instalação no campus da universidade. “Não será na Unicamp. O local que está sendo agora oferecido e analisado é nos patrulheiros”, resumiu. Sobre o Ambulatório Médico de Especialidades, autorizado pelo governo do Estado a ser utilizado como hospital para tratar pacientes com coronavírus, a Vigilância Sanitária de Campinas fez uma vistoria no local e liberou para utilização.

 

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