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Violência contra a mulher cresce 30% na quarentena

A quarentena que vigora por causa da pandemia provocada pelo coronavírus tem provocado aumento dos casos de violência contra a mulher. A constatação é do Núcleo de Gênero e do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público de São Paulo, que publicaram uma nota técnica conjunta sobre o problema.

Segundo os dados apontados pela análise, em março foram decretadas 2,5 mil medidas protetivas em caráter de urgência, contra pouco mais de 1,9 mil no mês anterior. Portanto, o crescimento foi de quase 30%, reflexo da profusão de casos de violência doméstica em virtude do maior número de horas que as mulheres em situação de risco têm ficado expostas a seus companheiros.

A promotora de justiça e coordenadora do grupo de gênero do centro operacional do MP, Valéria Scarance, afirmou que a pandemia do novo coronavírus ou o período de quarentena não justificam em nenhuma hipótese o aumento dos casos de violência contra a mulher.

“É importante entender que os homens não viram agressores porque nós estamos enfrentando uma pandemia. Homens que já carregam dentro de si o padrão de violência, podem intensificar ou detonar esse comportamento, durante esse período. A gente culpar a pandemia ou o coronavírus pela violência contra a mulher, não (está certo)”, afirma.

Durante o período de isolamento social, as Delegacias de Defesa da Mulher, a Casa da Mulher Brasileira e os Centros de Acolhimento continuam funcionando normalmente.

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