A região leste de Campinas concentra o maior número de casos de pessoas infectadas pelo coronavírus, mas a doença continua avançando por bairros da periferia da cidade, principalmente em regiões mais populosas, como a noroeste e sudoeste, onde estão localizados os distritos do Campo Grande e Ouro Verde.
Segundo os dados divulgados pela Prefeitura, referentes ao último dia 6, a cidade registrava 423 casos confirmados. Deste total, 175 estavam concentrados na região leste, abrangendo o centro da cidade, Sousas, São Quirino, Taquaral, Vila 31 de março, entre outros bairros.
Na região sul, eram 99 casos, em bairros como o Parque Oziel, Campo Belo, São Domingos, Vila Ipê e São Bernardo. Já a região Norte, que engloba o distrito de Barão Geraldo, São Marcos, Vila padre Anchieta, Jardim Eulina e Jardim Aurélia, eram 62 registros.
Na região noroeste, o número era de 50 casos no distrito do Campo Grande, em bairros como o Jardim Florence, Itajaí, Satélite Íris, Ipaussurama, Vila Perseu Leite de Barros e demais. Na Sudoeste, 37 incidências no Ouro Verde, abrangendo os DICs, Jardim Aeroporto, Campos Elíseos, entre outros.
De acordo com o secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Souza, o isolamento social vem sendo quebrado. O recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 70%, mas a média em Campinas tem oscilado entre 45% e 50%. No sábado que antecedeu o Dia das Mães, por exemplo, o índice ficou em 49%.
Para Cármino, qualquer plano de trabalho da saúde não dará certo se a população não aderir ao distanciamento. De acordo com ele, cada caso de covid-19 na cidade é georreferenciado, e essa medida tem mostrado a expansão da incidência na periferia.
Os dados da Prefeitura de Campinas mostram que, na região noroeste, o índice saltou de 7,10% para 8,75%. Já na sudoeste, onde está localizado a região do Ouro Verde, o percentual passou de 11,61% para 11,82%% do total de casos em toda a cidade.