As exportações na Região Metropolitana de Campinas caíram 39,1% em abril, pior resultado em dez anos para o mês, segundo o estudo desenvolvido pelo Observatório PUC-Campinas. O volume exportado foi de US$ 239 milhões. No mesmo período do ano passado, o valor atingiu marca de US$ 393,37 milhões. A justificativa pelo mau desempenho é a pandemia de covid-19, que atingiu fortemente não só a economia da região, mas de todo o planeta.
As principais quedas se referem à venda externa de medicamentos, agroquímicos, pneus, polímeros, peças para motores de ignição por combustão externa e acessórios para automóveis. O resultado só não foi pior por causa do aumento nas exportações de produtos como papel, circuitos eletrônicos integrados e álcool. O economista do Observatório da PUC-Campinas, Paulo Oliveira, afirma que esta é a maior crise externa da história recente da região. Segundo ele, os impactos da pandemia são graves na economia global. “Estamos vivendo uma crise global. As principais economias do mundo foram afetadas pela pandemia. Isso gera um problema de demanda pelos produtos brasileiros e também de abastecimento da demanda por produtos e insumos externos que o Brasil teria”, disse.
As importações também caíram, segundo o Observatório da PUC. Em números absolutos, o valor importado em abril foi de US$ 876 milhões, um decréscimo de 21% comparando-se ao mesmo período de 2019. O volume de compras do exterior é o menor da década, puxado pelas quedas nas importações de agroquímicos, aparelhos elétricos, peças e acessórios para veículos, circuito eletrônicos integrados e compostos heterocíclicos.
