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Motoristas de app usam e orientam sobre máscaras

Os motoristas de transporte por aplicativo se adequaram à obrigação do uso de máscaras em Campinas e no estado. Todos usam a proteção, mas a maioria diz não recusar viagens se o passageiro não estiver com as vias aéreas cobertas.

Como o movimento caiu drasticamente justamente por conta da pandemia, os trabalhadores não se dão ao luxo de fazer qualquer tipo de exigência. Mas a preocupação existe e gerou algumas mudanças e observações no cotidiano.

Roger Azevedo percorre cidades da região e nota que as máscaras são mais comuns em Campinas e Americana. Em Sumaré e Hortolândia, nem tanto. Quando atende alguém sem a proteção, ele diz recomendar o banco traseiro.

“A gente tem relato de motoristas que não estão aceitando passageiro sem máscaras. No meu caso, eu recomendo que as pessoas sentem no banco de atrás, porque essa é a recomendação das empresas de aplicativo”, detalha.

Adriano Spinosa também não rejeita trajeto em tempos de crise, principalmente com a redução de movimento estimada em 80%, mas já cogita não abrir qualquer exceção se o decreto determinar algum tipo de sanção, ou multa.

“Eu realmente transportei passageiro sem máscara, mas porque minha venda caiu mais de 80%. Por enquanto, eu estou orientando. Mas se amanhã ou depois tiver algum tipo de multa ou punição, não vou poder mais embarcar”, diz.

Luis Fernando Tontoli não esconde que a máscara incomoda e até atrapalha durante as corridas.  Ele também reclama que o momento no País por conta do coronavírus não permite que o atendimento pelo app seja condicionado.

“Não recuso passageiro com ou sem máscara. E a máscara que uso me incomoda demais, porque às vezes ela sobe demais e fica bem perto do olho. Então, eu não recuso, mas infelizmente eu tenho que usar também né?”, opina o autônomo.

A obrigatoriedade em todo o estado por pessoas que circularem em espaços públicos vale a partir desta quinta-feira, dia 7. A determinação é do governador João Doria, do PSDB, e dá às prefeituras o papel de regulamentar a medida.

Com isso, cada cidade vai definir como será feita a fiscalização e se haverá aplicação de penalidades a quem desobedecer a medida. Em Campinas, o prefeito Jonas Donizette, do PSB, já descartou qualquer tipo de multa.

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