O Corredor Dom Pedro teve em média três focos de queimada por dia em abril. Foram 83, contra 30 no mesmo período do ano passado, ou 176% de aumento. A situação, que já preocupa pelo risco de acidentes, é ainda pior na pandemia. A fumaça e o odor forte afetam os pulmões e as vias aéreas, assim como o vírus.
Por isso o coordenador de tráfego da Rota das Bandeiras, Murilo Perez, orienta. Bitucas de cigarro e embalagens de produtos não devem ser jogados nas vias. O lixo e os materiais facilitam a propagação do fogo, que precisa ser combatido. O trabalho da concessionária é feito pelo sistema de câmeras e dos chamados.
“Todas as nossas viaturas de inspeção e guincho são equipadas para combate ao princípio de incêndio. Se deixar de ser princípio de incêndio e o foco for maior, o local é sinalizado e um dos dois caminhões-pipa é acionado”, explica ele.
Pelo Sistema Anhanguera-Bandeirantes, a incidência maior também foi notada. Só na região de Campinas, de janeiro a abril de 2020, foram 105 ocorrências. No mesmo período de 2019, foram, 73 focos de incêndio. O aumento foi de 44%. Os dados também fazem a Autoban reforçar a conscientização e o combate.
O coordenador de tráfego da concessionária, João Moacir da Silva, explica. Ao localizar o fogo, o aviso de queimada é transmitido em painéis eletrônicos. Abafadores nas viaturas são usados no primeiro atendimento nesses locais. Por fim, além de três caminhões-pipa, veículos mais leves podem ser usados.
“São três caminhões que ficam em pontos estratégicos das rodovias pra agilizar esse atendimento. E preparamos dois veículos menores com tangue de água e bomba de água pressão. Eles são mais leves e chegam mais rápido”, alega.
Se a pista estiver encoberta por fumaça, orientações devem ser seguidas. Os vidros do veículo devem ser fechados e o pisca-alerta não pode ser ligado. A velocidade precisa ser reduzida e não é recomendado parar o carro na via. O telefone 24h da Autoban é o 0800 055 5550. O da Rota, 0800-770-8070.
