Para o secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Souza, a queda do índice de isolamento social em Campinas não tem relação com as novas regras de funcionamento do comércio na cidade e é reflexo de uma tendência nacional.
A afirmação foi dada durante o debate público virtual da Câmara sobre o coronavírus em resposta aos questionamentos dos vereadores Mariana Conti, do PSOL, e Gustavo Petta, do PCdoB, que criticaram o plano de flexibilização.
“O declínio da adesão da população ao isolamento não está ligado ao nosso plano. Meu Deus do céu! Seria muito poder influenciar o Brasil e o estado inteiro. Em minha opinião, as pessoas foram ficando cansadas”, opina.
Apesar de entender que o afrouxamento da quarentena se deu pelo “cansaço” da população, Cármino é enfático ao voltar a defender que o isolamento é a única forma de evitar o contágio e o risco de colapso da rede de atendimento.
Por esse motivo, insiste que as medidas que reabriram algumas atividades, como concessionárias e escritórios, foram respaldadas pelos dados epidemiológicos e nega que a ideia era relaxar, ou afrouxar a série de restrições.
“Não há flexibilização. A intenção foi tentar implantar as ações que possam gerar algum tipo de atividade econômica virtual e sem a aglomeração de pessoas. Isso é permitido por decretos estaduais e federais”, argumenta ele.
Além disso, fez coro às críticas sobre a postura do presidente Jair Bolsonaro, que estaria atrapalhando as reações de combate à doença ao negar a gravidade da situação e manifestar por diversas vezes posição contrária ao confinamento.
O secretário também reclamou dos preços do mercado internacional de respiradores, monitores, bombas de infusão e também de EPIs. No caso dos equipamentos de proteção, no entanto, afirma que a cidade possui o suficiente.