Campinas está entre os sete municípios de São Paulo com maior taxa de crescimento da pandemia de covid-19. A curva epidemiológica registrada no período de 17 a 23 de maio contabilizou 360 novos casos. Com a ascendência registrada, Campinas ultrapassou os 1.300 casos confirmados da doença e 52 óbitos até a data analisada.
A nota técnica sobre a avanço da pandemia na região foi feita pelo Observatório PUC-Campinas, e coordenada pelo economista Paulo Oliveira. De acordo com ele, comparando os dados estatísticos, a cidade passa pelo pior momento desde o início da pandemia. Segundo ele, não dá para falar em estabilização dos números, pois os estudos feitos até agora ainda não são conclusivos.
Em recente pronunciamento, o secretário de saúde de Campinas, Carmino de Souza, falou sobre a franca expansão no número de casos de coronavírus na cidade e disse acreditar em uma certa estabilidade. De acordo com o professor e economista do Observatório PUC-Campinas, existe um problema de sazonalidade na divulgação dos dados da Covid-19. O problema, segundo Paulo Oliveira, ocorre por conta da dinâmica dos laboratórios responsáveis pelas análises. Mas, independentemente do fato, a situação é preocupante para o sistema de saúde da região pela falta de leitos de UTI.
Na nota técnica sobre a avanço da pandemia do coronavírus na região metropolitana, Campinas apresentou a pior média em casos absolutos para cada 100 mil habitantes, junto aos municípios de Morungaba e Paulínia. Em contrapartida, as cidades de Pedreira e Arthur Nogueira seguem tendo a menor incidência de casos na RMC em termos relativos. Porém, as taxas de casos confirmados e óbitos por 100 mil pessoas, anteriormente entre as mais baixas do país, indicam comportamento crescente de contágio em toda a região. A média de casos nos 20 municípios que integram a RMC, antes de 42,6 para cada 100 mil habitantes, subiu para 57,94 num período de sete dias. No Estado a média ficou em 66 e no Brasil 110,7 casos, para cada grupo de 100 mil habitantes.