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Unicamp vai testar transfusão de plasma contra coronavírus

O Centro de Hematologia e Hemoterapia da Universidade Estadual de Campinas vai iniciar em breve a coleta de plasma sanguíneo de pessoas que se curaram da covid-19 para uso em um protocolo de pesquisa envolvendo o tratamento de indivíduos com a doença no Hospital de Clínicas da universidade. Se os resultados forem positivos, essa poderá ser uma opção para tratar doentes em estágio moderado da doença. O plasma é a parte líquida do sangue e constitui cerca de 60% de seu conteúdo total.

Seu uso tem sido considerado uma possível estratégia para fornecer os anticorpos necessários para combater a infecção. Embora não seja um processo isento de riscos, estima-se que a transfusão de plasma possa levar à diminuição da carga viral no organismo e à melhora dos sintomas. Segundo o médico do hemocentro e do HC da Unicamp, Bruno Benites, as coletas do plasma de pacientes curados serão feitas após o pedido de testes ser regulamentado pelos órgãos competentes.

“Nós ainda não começamos a coleta. Nós estamos ainda em fase de regulamentação. Assim que isso for resolvido, a gente vai em busca das pessoas que tiveram covid-19 e se curaram. Assim, 30 dias após essas pessoas terem sido declaradas curadas da doença, elas se tornam elegíveis para a doação”, explica.

O projeto coordenado por médicos e pesquisadores do Hemocentro da Unicamp foi submetido para análise da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa no dia 3 de abril, pouco tempo depois de a agência regulatória de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos ter autorizado o uso da terapia, em caráter experimental, em pessoas infectadas com o vírus em estado grave. Se aprovada no Conep, a instituição será mais uma universidade pública brasileira a testar essa estratégia no tratamento de pessoas com a covid-19 no país.

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