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Audiência na Câmara detalha gastos com saúde

A Câmara de Campinas realizou nesta segunda-feira uma Audiência Pública de da prestação de contas da saúde de Campinas no 1º quadrimestre de 2020. A audiência foi conduzida de forma remota pelo vereador Pedro Tourinho (PT), presidente da comissão de saúde da câmara. O Secretário Municipal de Saúde, Carmino de Souza, apresentou os dados presencialmente, no plenário da Câmara.

No primeiro quadrimestre, a maior parte dos gastos da saúde em geral foi com o pagamento de pessoal, 41,5%, despesa de R$ 115 milhões. Em seguida vieram os gastos com prestadores conveniados de serviços hospitalares, 35,9%, o que representa R$ 99 milhões. A terceira maior despesa foi com serviços, 16,8%, R$ 46,5 milhões em valores absolutos. O total de gastos ficou em R$ 276,9 milhões.

Porém, esses dados não consideram as despesas da Rede Mário Gatti, que compreende os hospitais Mario Gatti e Ouro Verde, as unidades de pronto atendimento, e o Samu.

Na rede Mário Gatti foram gastos R$ 150,9 milhões, sendo R$ 83,1 milhões com pessoal, 55% do total; o segundo maior gasto foi com serviços, R$ 51,3 milhões, o que corresponde a 34% do total. Ainda foram gastos R$ 15,3 milhões com despesas de consumo, o equivalente a 10,2% do total.

O Secretário de Saúde, Carmino de Souza, afirmou que Campinas ser referência regional torna a gestão da saúde na cidade desafiadora. “Campinas é uma cidade complexa, com um conjunto de equipamentos (de saúde) estadual, municipal e privado, e isso tem de ser analisado em conjunto com a região metropolitana. Hoje praticamente 100% dos equipamentos estaduais, como HC e o AME, só tem pacientes da RMC, não tem pacientes de Campinas nesses aparelhos, muito pouco se tiver alguém. No campo privado, a mesma coisa”.

Com isso, para dar conta da demanda, a Prefeitura precisa firmar convênios com entidades de saúde privadas, situação que foi intensificada devido à covid-19. “Nossos hospitais hoje praticamente estão todos eles dedicados a covid, o Ouro Verde e o Mário Gatti com uma disponibilidade muito grande, um convênio com a Casa de Saúde também é exclusivo covid, e aí compartilhamos com outros hospitais as outras demandas. O Hospital PUC-Campinas hoje é o grande hospital de retaguarda para não covid, pois a vida segue, as cirurgias de grande porte, os tratamentos oncológicos seguem”, explica.

E o Hospital PUC-Campinas foi o que mais recebeu repasses pelos convênios firmados: R$ 49 milhões, seguido pelo Cândido Ferreira, com R$ 23,6 milhões, e da Maternidade de Campinas, com R$ 13,7 milhões, considerando repasses municipais e federais.

Carmino destacou que o início da quarentena ter ocorrido em março foi fundamental para estruturar a rede pública, firmar novos convênios, e ampliar outros com a rede privada. “Pode ser que alguém imagine que no começo nós tenhamos exagerado no sentido do isolamento ou distanciamento social. Mas quero dizer que isso foi fundamental para que nós pudêssemos nos organizar. Se a epidemia chegasse, como ela é hoje, no mês de março ou começo de abril, não teríamos a mesma estrutura e condição operacional que temos hoje”.

Os gastos totais da Secretaria de Saúde representam 19,5% do orçamento da prefeitura para o quadrimestre, 2,5% acima do estipulado pela lei orgânica de Campinas.

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