Campinas registrou nesta quinta-feira (11) um novo recorde negativo no combate à covid-19. Dez mortes pela doença foram confirmadas no último boletim divulgado pela prefeitura, a maior alta diária desde o início da pandemia.
Com isso, a cidade chega a 130 óbitos no total. 168 novos casos foram confirmados nas últimas 24 horas, e o total agora é de 3.337 infectados na cidade. Deste total, 2.355 já se recuperaram, 95 pessoas a mais em relação ao boletim anterior.
Mais 210 casos foram descartados, totalizando 6.766 exames negativos. O número de internados caiu, são 183, sete a menos que na quarta-feira (10). Já o número de pessoas em isolamento domiciliar cresceu, são 70 a mais, totalizando 669. Os casos em investigação são 447, queda de cinco nas últimas 24 horas. Também houve no número de óbitos em investigação, que agora são 30, um a menos.
As 10 vítimas fatais confirmadas nesta quinta-feira tinham doenças pré-existentes. Sete tinham mais de 60 anos. Duas das mortes ocorreram em nesta quarta-feira (10), e o restante em datas anteriores. Foram seis mortes em hospitais públicos e quatro na rede privada. Na rede pública foram as seguintes vítimas:
- Um homem de 82 anos que veio a óbito na data de 4 de junho.
- Uma mulher de 83 anos, falecida em 6 de junho;
- Dois homens, de 45 e 56 anos, que faleceram em 7 de junho;
- Duas mulheres, de 63 e 77 anos, que faleceram em 10 de junho.
Na rede privada faleceram:
- Uma mulher de 93 anos falecida em 1o de junho;
- Um homem, de 66 anos, que faleceu em 8 de junho;
- E dois homens, de 49 e 65 anos, ambos falecidos em 9 de junho.
Em um boletim divulgado no final da tarde desta quarta-feira (10), a prefeitura informou que 100% dos 119 leitos de UTI covid na rede municipal estavam ocupados, e 93% dos leitos da rede estadual, ou seja, 50 dos 54, também estavam preenchidos.
Para contornar a situação, a prefeitura segue alugando leitos da rede privada, que apresenta uma taxa de ocupação menor, de 62% dos 133 leitos, segundo o mesmo boletim. A rede municipal passará a contar com mais 32 leitos de UTI alugados da rede privada, conforme detalha o Secretário Municipal de Saúde, Dr. Carmino de Souza. “Temos já acertado sete leitos na Beneficência Portuguesa, 15 no Hospital Metropolitano, acertamos ontem o contrato, e temos mais 10 leitos da Santa Casa”.
Além disso, a prefeitura afirmou que receberá mais 20 respiradores do estado e outros 15 do Ministério da Saúde, e que os equipamentos ficarão em uma reserva, destinada a substituição de eventuais equipamentos que apresentem problemas.
Houve também ampliação nos chamados leitos de retaguarda, após alguns terem sido transformados em leitos de UTI. A falta de leitos de retaguarda provocou uma estadia maior de alguns pacientes em leitos de UTI, segundo Carmino. “Alguns pacientes já estavam com alta da UTI mas nós não tínhamos leito de retaguarda para que eles pudessem convalescer, não dava pra ir pra casa e tinham que ficar, então eles acabaram ocupando leitos de UTI até nós abrirmos leitos de retaguarda”.
O Prefeito Jonas Donizette estima uma estabilização no número de infectados e de óbitos nas próximas semanas, seguido de uma queda. “Nós acreditamos que a gente mantém esse nível no mês de junho, um nível elevado, mas sem grandes subidas, aí existe uma discussão se é por mais uma semana, por mais duas semanas, e depois disso haveria um decréscimo, isso é o que venho conversando tanto no comitê local quanto no estadual”, explica.
Dentre outros assuntos tratados na coletiva, o Prefeito destacou também a criação de um site para denúncias de aglomerações em Campinas.
