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Escolas de música se unem por protocolo próprio

Fechadas desde março, as escolas de música de Campinas questionam o enquadramento na última fase da reabertura, a exemplo dos estabelecimentos de ensino convencionais, e por isso querem reabrir com regras específicas. Acumulando perdas, com redução de até 25% no número de matriculados, os locais se uniram e criaram um documento com um protocolo sanitário próprio.
Foto: Divulgação

Fechadas desde março, as escolas de música de Campinas questionam o enquadramento na última fase da reabertura, a exemplo dos estabelecimentos de ensino convencionais, e por isso querem reabrir com regras específicas.

Acumulando perdas, com redução de até 25% no número de matriculados, os locais se uniram e criaram um documento com um protocolo sanitário próprio, levando em conta que as aulas não costumam reunir grupos e aglomerações.

Alexandre Fernandes, dono da School of Rock, diz que a proposta considera até o transporte dos alunos. Além disso, veta pessoas menores de seis e acima dos 60 anos. Ele defende que os espaços são mais seguros que as escolas regulares.

“Mais de 90% dos alunos utiliza transporte próprio. Então, não teríamos aumento do uso de ônibus. Todas as aulas são agendadas e individuais. E vamos manter um espaçamento maior entre aluno e professor, com máscaras”, alega.

Carlos Wiik, diretor da Pró Música, alega que a limpeza será uma das principais preocupações no pedido a ser enviado à Prefeitura. Para ele, além de permitir a sobrevivência, a reabertura serviria para adequar os espaços à nova realidade.

“Obviamente aulas coletivas não estão incluídas. A gente acredita que consegue controlar entrada, saída e limpeza, conforme as regras sanitárias. A volta gradual vai nos ensinar a repensar o negócio nos novos parâmetros” acredita.

Wiik relata ainda que as perdas que se acumularam nesses quase três meses refletiram nas finanças. Com isso, contou com empréstimos, redução de custos e com a ajuda de responsáveis e pais que seguiram pagando as mensalidades.

O mesmo panorama é encarado por Rosa Gomes, diretora da Chorus, que teve diminuição de 25% no total de alunos. Ela também reclama do enquadramento do estado e justifica que os espaços do estabelecimento são amplos e arejados.

Por fim, defende que a música é importante para o equilíbrio mental em um momento como esse, diante da crise sanitária e de saúde em todo o País. Mesmo que parte das atividades tenha sido mantida pela internet, pede a reabertura.

“A música é considerada uma atividade importantíssima pra promover o equilíbrio emocional e psicológico das pessoas. Embora estejamos funcionando on-line para a maioria, alguns alunos não podem ter aulas virtuais”, finaliza.

O protocolo que propõe o retorno das aulas é assinado por oito escolas de música. O documento, que elenca uma série de medidas, também estabelece um compromisso de colaboração pela reabertura junto ao Executivo Municipal.

 

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