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Falta de recurso prejudica ensino fora da sala de aula

A pandemia do novo coronavírus afastou das salas de aula cerca de 39 milhões de alunos da educação básica das redes pública e privada. O número representa 81,9% dos estudantes de todo o país. No mundo, esse total soma 64,5%, o que em números absolutos, representa mais de 1,2 bilhão de pessoas. Os dados foram divulgados pela UNESCO.

Diante desse novo cenário, o Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas realizou uma pesquisa on-line com os professores brasileiros. O objetivo, segundo a Coordenadora do Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação, Sandra Unbenhaum, foi saber como eles estão desenvolvendo suas atividades, conciliando o trabalho com a vida privada e quais suas expectativas para o período pós-pandemia.

Os dados apontaram que o trabalho pedagógico mudou e aumentou para 65%, com destaque para as atividades que envolvem interação digital com os alunos. O resultado segundo a coordenadora, mostra que o desafio não está sendo fácil para os professores e nem para os alunos e familiares, principalmente pela falta de recursos.

O estudo aponta que 49,3% das professoras acreditam que somente parte dos alunos consegue realizar as atividades. A expectativa em relação à aprendizagem diminuiu praticamente pela metade. Segundo a Coordenadora do Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação, a pesquisa vai ajudar  órgãos governamentais traçar suas estratégias.

O panorama apresentado na  pesquisa permite reflexões e sinaliza possíveis desafios no momento vivido por professores durante a pandemia. Sandra Unbenhaum, faz questão de frisar o esforço dos professores em garantir o acompanhamento dos alunos, com atendimento fora do seu horário de trabalho através dos canais de comunicação.

Apesar de todos os problemas a pesquisa aponta que o cancelamento do ano letivo estaria no horizonte de somente 11,2% dos que responderam aos questionários. Sobre como será no pós-pandemia, o cotidiano escolar não será o mesmo para 65,6% dos professores.Para 55,9%, a continuidade do ensino on-line junto com o presencial pode ser considerado prenúncio de mudanças possíveis.

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