O segundo dia de abertura gradual do comércio em Campinas teve uma concentração menor de pessoas na Rua 13 de Maio, mas ainda assim com aglomerações que lembram um dia sem pandemia. Algumas lojas, especialmente das grandes redes e de telefonia celular, ainda formavam filas na porta. Os funcionários orientavam o distanciamento, cumprido pelos clientes.
Muitas pessoas circulando pelo Calçadão, porém, não usavam máscaras ou estavam com o EPI no queixo. Os estabelecimentos não permitem a entrada de consumidores sem o equipamento de proteção. A desempregada Sarah Gomes viu as imagens da segunda-feira e se disse assustada com a aglomeração. Ela saiu da região do Ouro Verde, pegou um ônibus até o Centro e foi resolver um problema no celular, mas disse que preferia não estar na 13 de Maio.
Maurício Godoy é proprietário de uma loja de equipamentos para profissionais de saúde. O estabelecimento ficou aberto durante toda a pandemia por ser um serviço essencial, mas o movimento da segunda-feira assustou o empresário.
A reportagem voltou à loja de sapatos do comerciante João Armando, em uma galeria na Rua Barão de Jaguara. Ele conta que aglomeração não significa exatamente mais vendas.
Um funcionário de uma loja conversou com a reportagem da CBN Campinas, mas preferiu não gravar entrevista. Ele contou que teme um novo fechamento do comércio em razão do número de pessoas que se aglomeram na 13 de Maio.
O Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo apontou isolamento social de 46% em Campinas nesta segunda, o mesmo índice da segunda anterior, 1º de junho. Mas no principal centro comercial da cidade, tanto o fluxo de pessoas quanto de veículos foram visivelmente muito maiores.
