O fechamento definitivo do Poupatempo da Avenida Francisco Glicério, no centro de Campinas, que pegou de surpresa a população e os comerciantes do entorno, foi justificado pelo gasto alto com aluguel e a queda no movimento.
A explicação foi dada pelo superintendente da Prodesp, responsável pela gestão do serviço, Ernesto Mascellani Neto, que também alega que a discussão sobre a implantação de uma unidade menor foi iniciada, mas segue sem previsão.
Inicialmente, entre fevereiro e março, dois espaços no centro da cidade foram estudados para manter o atendimento presencial, mas as conversas não deram certo. Pouco antes do surto, um local em um shopping também foi descartado.
“Quando nós decidimos pela substituição da unidade do centro por uma 4.0, que é mais barata, nós conversamos com a Prefeitura, mas, com a chegada da pandemia, esse plano de expansão do Poupatempo está suspenso”, detalha ele.
Com isso, toda a demanda pelos serviços da antiga unidade será agora absorvida pelo Poupatempo que fica no subsolo do Campinas Shopping, no Jardim do Lago, onde o superintendente descarta existir qualquer chance de superlotação.
De acordo com Ernesto Mascellani Neto, a mudança no atendimento no município foi decidida justamente pela queda na procura pelo atendimento presencial e a aposta na implantação de cada vez mais serviços pela internet.
Mas além do objetivo de digitalizar procedimentos, ele argumenta que o prédio onde funcionava o Poupatempo, na Glicério, era antigo, fugia do padrão atual e custava caro à empresa responsável pela gestão, cerca de R$ 130 mil mensais.
“É uma demanda que vem caindo. Foram 160 mil atendimentos por mês em 2014 para 120 mil em 2019, somando os dois postos. E existe uma digitalização do Poupatempo. Portanto, a unidade do shopping vai suprir essa demanda”, diz.
A previsão é que 95% dos serviços oferecidos pelo Poupatempo estejam disponíveis pelo computador e pelo celular. Desta forma, só as primeiras vias do RG e da CNH exigiriam a presença do cidadão devido à coleta biométrica.
