O bispo da Arquidiocese Metropolitana de Campinas, Dom João Inácio Muller, orientou os fieis para que respeitem as determinações das secretarias municipais de saúde de cada cidade da região sobre a reabertura das igrejas. Em Campinas, o decreto municipal, assinado pelo prefeito, Jonas Donizette, proíbe a presença de pessoas com doenças crônicas e com mais de 60 anos em templos e igrejas.
No entanto, na manhã desta segunda-feira, na data prevista para o início da reabertura, a maioria das pessoas que estavam na Catedral Metropolitana de Campinas aparentava mais de 60 anos. Não havia celebração de missa e a quantidade de fieis estava bem reduzida, com ampla distância entre eles e todos utilizavam máscaras.
A proibição de pessoas com mais de 60 anos em atividades religiosas foi criticada pelos fieis, por considerarem que todos devem ter o mesmo direito, independente da idade, para assumirem os próprios riscos, de forma responsável e segura. As igrejas e templos poderão reabrir ao púbico, mas as atividades religiosas devem limitar a capacidade do local em 20%.
O decreto restringe a quatro horas por dia o período de portas abertas. Não foi autorizada a realização de quermesses, entre outros eventos religiosos que causem aglomerações. A Arquidiocese divulgou um protocolo de segurança nas missas que autoriza apenas o padre a manusear os objetos litúrgicos no altar, além de distâncias estabelecidas entre os fieis.
Não serão colocados à disposição bebedouros, nem folhas de cânticos ou qualquer outro objeto. O uso de sanitários será restrito a situações de extrema necessidade. Não será utilizado ventiladores ou ar condicionado e o ambiente deverá estar aberto e arejado.
A oferenda será mantida, mas a coleta do dinheiro na missa será feita no final da celebração, manipulado por pessoas com luvas e máscara. O Pai Nosso será rezado sem os tradicionais gestos de dar as mãos e o abraço da paz. Na comunhão, o padre deverá colocar máscara, higienizar as mãos com álcool e distribuir a Eucaristia em silêncio. Na comunhão, os fiéis deverão permanecer nos seus lugares e o ministro levará a comunhão até eles.
