Passada a turbulência observada nos mercados globais, provocada pelo avanço do novo coronavírus, o mercado de investidores comemora sucessivas altas na maioria das bolsas de valores do mundo. Aquele clima que vinha tirando o sono de investidores e empresários, ficou para trás. A Bolsa de Valores brasileira chegou a ficar a apenas 5% de perder os 60 mil pontos no final de março. Após esse período foram sete altas seguidas com números expressivos.
O Índice Bovespa, chegou a ultrapassar os 90 mil pontos. Já o dólar, que em 2 de janeiro, quando houve a primeira abertura do ano, estava em R$ 4,01, superou os R$ 5,30. Ainda que tenha recuado nos últimos pregões, a moeda americana já possui valorização próxima a 30% em 2020 frente ao real.
De acordo com o Diretor e Assessor de Investimentos da Manhattan Investimentos, Rafael Nogueira, vários fatores explicam essa alta significativa , entre eles os juros baixos e a possibilidade de uma vacina contra o novo coronavírus.
A variação no mercado financeiro segundo, Rafael Nogueira, depende muito do comportamento do investidor, principalmente nos momentos de crise. Ele explica que nessas ocasiões, como ocorreu no Brasil em 2015, e agora com a pandemia mundial os governos são obrigados a injetar dinheiro e liquidez no sistema financeiro e essa medida acaba derrubando a inflação. Com inflação baixa os investimentos acontecem.
Ele cita que, em março de 2019, eram 1 milhão de CPFs cadastrados na Bolsa e no mesmo período deste ano o numero de investidores saltou para 2,5 milhões. Os números mostram uma mudança na mentalidade do brasileiro que buscam uma rentabilidade maior
