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Microbiologista da USP condena flexibilização

Enquanto a Argentina e o Chile recuam da proposta de reabertura da economia após seguidos registros de óbitos e contaminação de pessoas pela covid-19,  o estado de São Paulo e Campinas caminham no rumo inverso. Com a abertura gradativa da economia, prevista na fase laranja do plano estadual, milhares de  pessoas têm ido às compras e causando inúmeros problemas, como a  sobrecarga do sistema de transporte público.

Para a microbiologista e pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da USP, Natália Pasternak, aglomerações no meio de uma  pandemia é tudo o que não pode  acontecer. Ela considera  incoerente liberar as atividades econômicas não essenciais, em meio ao crescimento no número  de contaminados e mortos pela covid-19. Para ela, a flexibilização dividida em fases acaba confundindo a população. Outro problema citado é a falha de comunicação, que afeta a credibilidade das medidas propostas.

A pesquisadora acredita que é  preciso seguir diretrizes mais claras do governo estadual e dos municípios. Com o cenário atual de flexibilização e curva acendente da pandemia, os resultados não serão nada satisfatórios, principalmente no interior do estado. O grande problema será a falta de condições do sistema de saúde suportar o aumento da demanda.  A consequência será a sobrecarga em cidades maiores, como acontece em Campinas.

Até o último dia 10,  Campinas contava com 306 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 nas redes pública e particular. Deste total, 252 estavam ocupados, o que corresponde a 82,35%.

 

 

 

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