Como empregadores e empregados deverão agir no ambiente de trabalho na era que terá início após a decretação de encerramento da pandemia causada pelo novo coronavírus? Prevendo o cenário, que vem sendo chamado de “novo normal”, a Organização Internacional do Trabalho, a OIT, criou um guia prático com informações sobre como formar uma equipe conjunta para planejar e organizar o retorno e como adotar as medidas organizacionais e administrativas.
O guia apresenta também métodos para promover a limpeza e desinfecção do ambiente de trabalho, higiene pessoal e o uso correto dos equipamentos de proteção, além de informações de como manter a vigilância da saúde, considerando outros perigos, incluindo psicossocial. De acordo com a advogada Cyntia Possídio, especialista em direito trabalhista, para atender o que determina a OIT, é importante que a volta ao trabalho seja feita de forma gradual.
O novo normal, segundo ela, vai exigir investimentos em pleno período de crise. Neste primeiro momento, uma alternativa que pode ser adotada é a manutenção do sistema remoto. Quando não for possível, a orientação é implantar rodizio entre os trabalhadores para evitar aglomerações, manter o distanciamento entre os postos de trabalho, implantar barreiras físicas e oferecer todos os equipamentos proteção individual.
Segundo a a advogada Cyntia Possídio, o problema é que as determinações da OIT são focadas apenas no trabalhador e não apresenta alternativas no campo financeiro para as empresas. Para ela, é preciso que ocorra uma união governamental envolvendo todas as esferas para manter a sobrevivência das empresas, pois, na opinião dela, não adianta dar atenção apenas a um lado da moeda.
Ainda segundo o que determina a OIT, o empregador precisará acompanhar de perto saúde dos seus colaboradores e as circunstâncias em que está inserido e fornecer as informações às autoridades. Aos trabalhadores, segundo a advogada especialista em direito trabalhista, cabe a consciência e colaboração sobre a nova situação, pois o dever tem que ser conjunto. Para ela, mesmo no momento de abertura da economia, a melhor alternativa é manter o trabalho à distância.
