O varejo na Região Metropolitana de Campinas teve nova queda na pandemia na comparação com 2019. As vendas em junho ficaram 22,5% abaixo do mesmo mês do ano passado. A queda foi de R$ 303,6 milhões para R$ 235,3 milhões.
O resultado coletado pela Associação Comercial e Industrial de Campinas em junho, porém, foi 17,9% maior do que o registrado em maio. E por isso o economista da Acic, Laerte Martins, pondera ao projetar o restante do ano.
“Há uma elevação muito boa no faturamento, o que acaba dando um bom sinal da atividade para o segundo semestre, mas precisamos ficar atentos”, explica.
A cautela de Laerte se explica pelas leituras negativas e positivas dos números. O Dia dos Namorados, por exemplo, ficou 40% abaixo do último ano. No e-commerce, no entanto, a data cresceu justamente 40% de 2019 para 2020.
A busca pelo incremento das vendas on-line, seja por delivery, ou pelo drive-thru, aliás, é a melhor solução, já que as atividades estão restritas por conta do contágio e das mortes por coronavírus em Campinas e nas cidades vizinhas.
“O comércio eletrônico se tornou uma ferramenta de bom calibre, principalmente para os comerciantes que não estavam neste segmento”, diz.
Ainda segundo a Acic, junho teve 19,8% de alta na inadimplência se comparado a maio. Na relação com junho de 2019, a taxa foi de 3,16%. O maior aumento de um ano para o outro nas vendas físicas, 14,9%, se deu entre os supermercados.
Móveis, eletros e lojas de departamentos tiveram ampliação de 3,5% de junho do ano passado para o sexto mês deste ano. Por outro lado, a queda no turismo foi 74,5%, entre os salões de beleza, 60,5%, e, para bares e restaurantes, 58,2%.
