A Semana Epidemiológica do Observatório PUC-Campinas concluiu que os casos de covid-19 na Região Metropolitana de Campinas voltaram a crescer em ritmo mais acelerado em relação aos períodos anteriores. De 5 a 11 deste mês, o aumento foi de 28,5% nas confirmações da doença e 23,8% de mortes nas 20 cidades da região.
A variação para cima aponta que o contágio na RMC ainda não chegou no chamado platô, quando as ocorrências de coronavírus atingem uma estabilidade, como explica o médico infectologista André Giglio Bueno, professor da PUC-Campinas.
Segundo o infectologista, os casos da covid-19 podem crescer na cidade de Campinas porque a parcela da população que já tem anticorpos para se defender do vírus é muito pequena.
O Plano São Paulo do Governo do Estado classifica a região de Campinas na fase vermelha, que é a mais grave da pandemia. André Gigilo Bueno afirma que uma flexibilização da quarentena pode fazer a curva de contágio acelerar ainda mais.
Somente no município de Campinas, o número de casos subiu 20,8% na última semana em relação ao período anterior, com 2.237 novas confirmações. As mortes cresceram 13,8%, com 82 óbitos em sete dias. O Departamento Regional de Saúde 4, que abrange Campinas, a RMC e as regiões de Jundiaí, Bragança Paulista e Circuito das Águas, é a segunda no Estado com mais crescimento em casos e mortes por covid-19.