Uma das cidades da região que manteve o comércio funcionando enquanto pôde, Indaiatuba teve de acatar as determinações do governo do estado e paralisou mais uma vez as atividades não essenciais no município. Nesta segunda-feira, 06, a maior parte dos estabelecimentos comerciais estava fechada e apenas aqueles com permissão, como farmácias e supermercados estavam funcionando. Mesmo assim, o número de pessoas circulando pelas ruas do Centro não diminuiu.
As pessoas caminhavam pelas calçadas e praças, como se fosse um dia normal. A maior parte delas usava máscaras de proteção e os poucos que dispensaram o uso do equipamento, não eram incomodados por ninguém. As opiniões variavam entre aqueles que circulavam pelas ruas. Arlete de Sousa estava furiosa com o fechamento do comércio, já que entende que muitos lojistas vão acabar falindo. “É muito difícil, porque os comerciantes têm que vender para sobreviver e ter o comércio. Ele paga o aluguel, paga luz, imposto. Está ficando muito difícil”, afirma.
Já Jorge Pereira estava incomodado com toda a situação e com todos os cuidados que são necessários para evitar o avanço da pandemia. “Isso aí são esses governantes que fazem essas coisas. Isso daí prejudica o pessoal, quem trabalha, as micro empresas. Prejudica todo mundo. É muito difícil e eu não concordo, fazer o quê? E ainda tem que andar com esse negócio (máscara) na cara toda a vida? Fica difícil”, disse. Antonio Marcelino lamentou a situação do município, mas defende o fechamento do comércio para evitar o agravamento do quadro da saúde pública. “Quando passou para a fase vermelha, tem fechar tudo como foi feito agora. Fazer o quê? É uma faca de dois gumes. Eu acho que tem que fechar sim”, acredita.
Na última sexta-feira, 03, o estado reclassificou a região de Campinas no Plano SP, que passou da fase laranja para a vermelha, dentro do pior cenário possível para a reabertura econômica. Isso significa que em todas as cidades da regional, apenas o comércio considerado essencial poderá funcionar com restrições.
