Enquanto as lojas físicas amargam prejuízos e falências provocadas pela pandemia do novo coronavírus, o comércio eletrônico nacional registra crescimento histórico. De acordo com dados da Ebit/Nielsen, o Brasil é o país que mais fatura com o e-commerce na América Latina. Só para se ter uma ideia, no primeiro semestre do ano passado, o varejo on-line nacional faturou R$ 26,4 bilhões.
Dos produtos eletrônicos ao supermercado e farmácia, os brasileiros consolidaram hábitos de compra virtual que devem se estender após normalização da economia. A jornalista Marisa Setto já tinha o hábito de comprar pela internet, mas a prática foi intensificada com a necessidade do isolamento social.
O ano de 2020 vem se mostrando mais promissor para o comércio eletrônico, principalmente durante a pandemia. De acordo com o empresário Luiggi Senna, co-fundador de uma plataforma de lojas virtuais, com a covid-19, mais de cinco milhões de brasileiros que nunca haviam feito compras pela internet passaram a fazer. O crescimento de novas lojas virtuais no primeiro semestre, segundo ele, foi de 300%. Apesar do índice expressivo, acredita que o aumento poderia ser ainda maior.
Porém para se inserir no universo das vendas on-line, não basta cirar uma loja virtual. O conjunto de esforços para o sucesso da estratégia inclui otimização de busca pelo estabelecimento na internet, marketing digital e outras medidas.Na opinião do empresário, entre os motivos que impedem o crescimento das vendas virtuais, principalmente no comércio local, estão a falta de tempo, de conhecimento e de ferramentas para os comerciantes ingressarem nesse universo.
De acordo com o empresário Luiggi Senna, o grande trunfo para os comerciantes locais crescerem com o comércio eletrônico é o atendimento ao cliente, pois, diferente das grandes redes, o comércio de bairro tende a manter relacionamento direto com o consumidor.
