Mais de 37 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço estão sendo estimados para serem diagnosticados neste ano no Brasil. O grande problema é a falta do diagnóstico precoce. Para esclarecer a população, a Associação de Câncer de Boca e Garganta, a ACBG Brasil, adotou o mês de julho para a Campanha Nacional de Prevenção, o Julho Verde. Neste ano, a iniciativa está sendo prejudicada pela pandemia da covid-19.
De acordo com os dados do INCA, o Instituto Nacional do Câncer, os tumores de cabeça e pescoço figuram na quarta colocação entre as maiores incidências da doença. O principal é o câncer de pele, o que representa uma média de 27% na população masculina e 29% entre as mulheres. Na sequência, o câncer de boca, língua, nariz, esôfago, laringe e tireoide.
De acordo com o médico cirurgião, Flávio Gripp, o diagnóstico não é complicado, já que os sinais são mais evidentes, como por exemplo, ferida na boca que não cicatriza, rouquidão e alterações na voz. Em casos mais avançados a pessoa pode desenvolver problemas respiratórios. Além do diagnóstico, o tratamento também não é complicado se for descoberto em sua fase inicial. O problema segundo Flávio Gripp, é o diagnóstico tardio, geralmente provocado ao medo que a pessoa tem de procurar ajuda médica.
De acordo com o cirurgião, a incidência de HPV, principalmente na população masculina, tem elevado o número de casos. Mas os grandes vilões da história, são os raios solares nocivos, o tabagismo e o álcool. Neste último caso, se associados torna a situação ainda mais perigosa.
A Campanha Nacional de Prevenção deste ano adotou um slogan bem direto, “O Câncer Está na Cara e Você As Vezes Não Vê”. De acordo com o cirurgião, Flávio Gripp, coordenador da campanha nacional em Campinas, por causa da pandemia da Covid-19, as ações estão sendo realizadas de forma forma virtual. Os detalhes podem ser conferidos no site da associação www.acbgbrasil.org
