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Estado nega pressões por recalibragem de plano

Um dia após anunciar os novos parâmetros para a reclassificação das regiões administrativas no Plano São Paulo, o governo do estado nega que sofreu pressões de municípios e de setores da economia. A nova metodologia adotada foi interpretada por alguns setores como uma facilitação de reabertura do comércio em meio a pandemia.

O ponto que chamou mais a atenção, diz respeito à taxa de ocupação de leitos de UTI que determina a mudança da fase amarela para a verde. Antes, a região em questão deveria manter livres 40% das unidades exclusivas para pacientes com covid-19. Agora, esse índice deve ser de 25%. A mudança foi comemorada pelos municípios, que diziam gastar mais para manter os leitos inativos.

Para o coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, João Gabbardo, a redução dessa taxa não coloca em risco a população. Ele explica que as unidades continuam existindo, mas que deixam de ser exclusivas para pacientes de covid-19. “Isso não significa, em hipótese alguma, que vai colocar em risco a capacidade de atendimento. Porque nós trabalhávamos anteriormente com um número muito menor de leitos e houve uma ampliação bastante considerável. E esses leitos continuarão existindo, eles não serão desmobilizados. E caso seja necessário, nós poderemos recompor a quantidade necessária de leitos de UTI para o atendimento da covid-19”, garante.

O secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que o estado não sofre pressões e que todas as decisões sobre o plano de reabertura econômica são técnicas. De todo modo, ele afirma que nada impede que os setores da economia sejam ouvidos. “Reforço, e reforço de uma forma muito premente, que nós, especialmente a saúde, não temos qualquer influência sobre pressões nas medidas de gerenciamento da pandemia e bem como nas normas de recalibragem. Todos os dados são absolutamente técnicos, voltados à segurança da população. Porém, nada impede que os setores possam ser ouvidos e analisados, assim como suas sugestões”, afirma.

O coordenador do Centro de Contingência, Paulo Menezes, também negou que o estado esteja facilitando a reabertura. Ele explica que a preocupação é garantir a segurança da população diante da pandemia. “Algumas manchetes sugeriram que nós poderíamos estar facilitando a transição de fases, facilitando a retomada de atividades com a pandemia ainda presente. Eu quero reforçar que, ao contrário, o que foi feito fou um ajuste que permite uma mudança cada vez mais segura de uma fase para a outra”, disse.

Por problemas no e-SUS, não houve atualização nos números da covid-19 no estado de São Paulo nesta terça-feira.

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