Pesquisadores de todo o planeta procuram descobrir uma vacina contra a covid-19 o mais rápido possível. No Brasil, voluntários participam de testes de imunizações fabricadas na Universidade de Oxford, na Inglaterra, e no laboratório privado Sinovac, da China.
Na segunda-feira, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB) e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmaram aguardar a possibilidade de vacinação em massa no país já no início de 2021.
O prazo para o desenvolvimento e aplicação de uma vacina, porém, não é tão simples. Mesmo com resultados positivos nas duas primeiras fases de testes, a pesquisadora Natália Pasternak, do Instituto de Ciências Biológicas da USP, acredita que a imunização deve ficar disponível apenas no meio do ano.
A segunda fase de testes, ocorrida nos países de origem da vacina, teve a aplicação das doses em centenas de pessoas. A doutora em microbiologia explica que a comprovação da eficácia é possível somente com a aplicação grupos mais diversificados.
Os resultados positivos apresentados até agora no Reino Unido levam a imprensa local a uma onda de otimismo, de que a vacina poderia ser disponibilizada até o Natal. Natália Pasternak afirma que esse prazo é praticamente impossível.
Segundo a pesquisadora, neste momento é impossível prever uma data exata para que a vacina seja aprovada e aplicada em massa. Além da produção de anticorpos, pesquisas apontam que as chamadas células T podem criar imunidade contra o coronavírus.