O governo de São Paulo expressou a preocupação com a região de Piracicaba em relação à capacidade hospitalar durante a pandemia. O motivo é o aumento do número de internações em UTIs, que está perto de um colapso. Por esse motivo, a região de Piracicaba, assim como a de Campinas, terá prioridade na transferência de pacientes para o hospital de campanha do Ibirapuera, na capital. Além disso, serão disponibilizados mais 12 leitos de terapia intensiva no Hospital Estadual Zilda Arns.
A situação de Piracicaba vinha chamando a atenção sobre os riscos da pandemia. A prefeitura municipal antecipou as ações e, através de um decreto, determinou que o município siga na fase vermelha do Plano São Paulo, mantendo o comércio não essencial fechado. No dia 10 de julho, o governo paulista classificou a região na fase laranja do plano.
Segundo o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, Paulo Menezes, o direcionamento das ações de contenção à pandemia para a região de Piracicaba mostra a preocupação em garantir o atendimento a toda a população. “A nossa preocupação é que não haja nenhuma possibilidade de não haver assistência adequada para todas as pessoas que precisam, como a gente tem tido no estado de São Paulo todo, ao longo desses meses de enfrentamento da pandemia”, explica.
Para o secretário-executivo da secretaria de saúde do estado, Eduardo Ribeiro, o hospital de campanha do Ibirapuera cumpre sua função ao priorizar o atendimento das regiões mais afetadas pela pandemia. Ele afirma que mesmo com a nova determinação, a região de Campinas também segue com prioridade na transferência de pacientes. “Nós incluímos Piracicaba como encaminhamento de região preferencial para o hospital de campanha do Ibirapuera. Então, se lembrarmos, nós direcionamento recentemente Campinas como origem preferencial para o hospital de campanha e agora estamos incluindo Piracicaba nessa diretriz”, afirma.
Até esta segunda-feira, Piracicaba tinha pouco mais de 4,2 mil casos de covid-19 confirmados e 120 mortes em decorrência da doença.