O presidente da Rede Mário Gatti, Marcos Pimenta, acredita que Campinas chegou ao “platô alto” da covid-19, o que indica que as infecções se aproximam da estabilidade. Ainda assim, não fala em redução de casos na pandemia.
Na opinião do responsável pela gestão das unidades municipais Ouro Verde e Mário Gatti e pelo hospital de campanha, montado para ampliar o atendimento aos infectados, o momento ainda não é de desmontar os leitos de retaguarda.
“Não é momento ainda de queda. É um momento que chamamos de ‘platô alto’, pois estamos estabilizando com muitos internados. Em breve, quando chegar a queda, faremos a desmobilização. Mas hoje esses leitos são vitais”, alega.
Para Pimenta, o fato de estar atualmente com todas as 84 vagas ocupadas faz o hospital de campanha ser essencial contra a doença. Somente quando o índice cair é que uma metodologia para o fechamento será discutida com a Saúde.
O local foi aberto no dia 15 de maio para atender pacientes de menor complexidade, mas possui equipamentos de estabilização, que servem para atender quem necessita ser intubado em uma unidade de terapia intensiva.
“São 84 leitos. A maioria é de retaguarda. Mas temos respiradores e monitores para assistência emergencial, caso o paciente tenha complicações. Os leitos de maior complexidade servem até que o paciente possa ser transferido”, conta.
Em quase dois meses de funcionamento, uma morte foi registrada. O óbito foi seguido de agressões dos familiares da vítima contra os profissionais de saúde da unidade. O fato foi lamentado pelo presidente da Rede Mário Gatti.
Segundo ele, o falecimento da idosa aconteceu após uma piora rápida. Além disso, justifica que os médicos e enfermeiros possuem treinamento adequado para receber e identificar qual contaminado necessita de transferência.
O hospital de campanha não tem mais espaço e chegou ao número máximo de leitos. Em quase 60 dias, atendeu cerca de 400 pessoas e registrou 290 altas médicas. Ao longo do período, 35 doentes precisaram ser transferidos.
