Uma manifestação dos setores de bares, restaurantes e salões de beleza reuniu centenas de profissionais destes segmentos nas escadarias da Prefeitura de Campinas, na manhã desta quinta-feira. Os estabelecimentos estão fechados desde o início da quarentena e só serão autorizados a retomar as atividades na fase amarela do plano São Paulo. E mesmo assim, com restrições.
Como Campinas ainda está na na fase vermelha, é preciso que a cidade suba para a laranja, se estabilize nela, para só depois ser enquadrada na amarela, que contempla o setor. O protesto reivindicou um reconhecimento dos protocolos de segurança sanitária que foram preparados por estes setores. De acordo com o diretor do Sinhotel, sindicato que representa a classe trabalhadora do setor de alimentação, Gustavo Domingos de Souza, na região de Campinas, são 24 mil demissões de trabalhadores do setor de alimentação, com previsão de chegar a 35 mil.
Ele alega que muitos não têm mais como sustentar as famílias e precisam voltar a trabalhar imediatamente e afirma que o setor oferece cuidados sanitários ainda mais rígidos do que os que têm permissão de abir. No segmento de Estética, são 3 mil demissões e mil estabelecimentos que já fecharam as portas definitivamente, entre salões, clínicas de estética e barbearias. Márcia Cia, diretora da Associação Brasileira dos Salões de Beleza, cita um protocolo de segurança sanitária feito pelo Sebrae Nacional.
A Prefeitura de Campinas informou que prefeito Jonas Donizette e a secretária, Alexandra Capriolli, estão fazendo reuniões constantes com os representantes dos setores, buscando solução para o problema, que, todos sabem, dependem de condições sanitárias e de decisões técnicas que vêm sendo tomadas pelo Governo do Estado e respaldadas pela Justiça. A nota informa ainda que a principal preocupação é salvar vidas.
