As retomadas do funcionamento de bares e restaurantes em São Paulo e Rio de Janeiro indicam que as mudanças serão muitas quando a reabertura na região de Campinas for autorizada. O self-service, por exemplo, deve ser proibido.
A afirmação é do professor de Nutrição da Unicamp e doutor em Ciências da Saúde pela Unifesp, Diogo Thimoteo da Cunha, que cita outras regras, como a limitação de clientes, os cuidados de higiene e o fim do cardápio tradicional.
Sobre o modelo no qual o próprio consumidor se serve, ele lembra que a prática, que oferece riscos devido ao compartilhamento de utensílios, já foi vetada na capital paulista e por isso deve ser repensada por comerciantes e proprietários.
“Não vai ser mais permitido e já está barrado pelas recomendações da Vigilância Sanitária Estadual. E eu acredito que vai demorar a voltara o modelo antigo. O recomendado é que o cliente escolha, mas que um funcionário o sirva”, explica.
No lugar dos cardápios coletivos, as ferramentas digitais devem ser utilizadas para evitar qualquer chance de contaminação. Um exemplo seria o QR code como meio de acesso do cliente às opções oferecidas pelo estabelecimento.
Outras medidas básicas também serão necessárias, como a limpeza e a manutenção de talheres, copos e outros objetos de uso comum. Há locais, inclusive, que estão optando por embalar a vácuo garfos, facas e guardanapos.
O distanciamento de no mínimo 1,5 m entre as mesas deve ser exigido, mas o doutor Diogo Thimoteo da Cunha questiona o número máximo permitido de clientes por grupo, seis, mesmo com a limitação na capacidade total do espaço.
“Haverá restrição no número de pessoas dentro do restaurante. Mas a permissão a um grupo de seis por mesa, no entanto, eu vejo com um pouco de ressalvas, porque entendo que talvez possa significar algum risco”, opina ele.
Ainda não se sabe quando bares e restaurantes poderão abrir as portas novamente em Campinas. A autorização acontece na fase amarela do Plano SP, nível que ainda não foi alcançado pela região desde o início da pandemia.