As empresas da Região Metropolitana de Campinas compraram muito mais produtos do exterior do que venderam no primeiro semestre deste ano. De acordo com dados do Observatório PUC-Campinas, o volume de importações superou o de exportações em US$ 4,14 bilhões.
Na cotação do câmbio de 15 de julho, o déficit é de mais de R$ 22 bilhões. O economista Paulo Oliveira, autor da pesquisa, explica que as indústrias da região sempre importam mais que exportam, mas os empregos podem ser afetados com a balança comercial negativa.
Mesmo as importações, que somaram US$ 5,71 bilhões, foram menores em relação ao primeiro semestre do ano passado, apresentaram queda. O professor de Economia da PUC-Campinas, diz que as empresas compram menos porque produzem menos.
Para o segundo semestre, com a pandemia da covid-19, a projeção depende da saúde tanto para a economia da RMC quando de todo o mundo, especialmente dos parceiros comerciais do Brasil. Mas Paulo Oliveira espera a balança negativa mais uma vez.
Os Estados Unidos e a Argentina, alguns dos parceiros comerciais mais importantes das empresas da região, diminuíram a compra de produtos em cerca de 70% no primeiro semestre. Segundo o Observatório PUC-Campinas, em junho os produtos mais afetados foram medicamentos, peças de veículos e a carne.