A prefeitura de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 24, o cancelamento de grandes eventos previstos na agenda cultural do município e adiou o carnaval do ano que vem. A festa mais popular do país não acontecerá em fevereiro e a nova data será estipulada a partir de maio do ano que vem. A decisão foi tomada em conjunto entre a prefeitura e os representantes das escolas de samba e dos blocos que se apresentam na capital paulista. Neste ano, o carnaval atraiu um público de 15 milhões de pessoas, movimentando R$ 2,7 bilhões.
Outros eventos que seriam realizados ainda em 2020 e que já tinham sido adiados, não acontecerão presencialmente. É o caso da Marcha Para Jesus e da Parada LGBTQI+. O evento religioso, que no ano passado reuniu um público de 3 milhões de pessoas e movimentou R$ 217 milhões, havia adiado a data de realização, de 13 de junho para 02 de novembro. Segundo a administração municipal, o evento não será realizado presencialmente e deverá acontecer no ambiente virtual. Em relação à Parada LGBTQI+, os organizadores haviam adiado o evento do dia 14 de junho para 29 de novembro. Deste modo, o município terá que rediscutir a viabilidade do evento, porque a data vai coincidir com o segundo turno das eleições municipais, que também foram adiadas. A parada no ano passado também reuniu 3 milhões de pessoas e teve uma movimentação financeira superior a R$ 400 milhões.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse que as decisões foram tomadas em conjunto com todos os agentes envolvidos. No caso do carnaval, ele disse que as escolas e os blocos entenderam a inviabilidade da realização do evento em fevereiro. “Tanto as escolas de samba, quanto os blocos carnavalescos entenderam a inviabilidade de organização do carnaval para fevereiro do ano que vem. É importante a gente destacar que nós estamos falando aqui de um desfile que no ano passado levou 120 mil pessoas e que trouxe um benefício de R$ 227 milhões para a cidade”, Afirmou.
A prefeitura de São Paulo lamentou ainda o cancelamento da realização do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, anunciado pela Federação Internacional de Automobilismo. A decisão da FIA atingiu todas as corridas que seriam realizadas em continente americano. Deste modo, além do GP do Brasil, os eventos dos Estados Unidos e do México também foram suspensos.
