Mesmo sendo um serviço essencial, o setor de transporte de cargas foi afetado pela pandemia da covid-19. Com o fechamento do comércio, restaurantes e outros estabelecimentos, a entrega de produtos chegou a ter queda de 70% no volume.
Mas as vendas online e o abastecimento de itens de primeira necessidade em supermercados, por exemplo, fez com que a retomada acontecesse ainda durante a crise sanitária. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas em Campinas e Região, José Alberto Panzan, conta que cerca de 80% dos caminhoneiros já trabalham normalmente.
Enquanto diversos setores foram impactados economicamente e tiveram que fechar postos de trabalho, o prejuízo para o setor de cargas foi bem menor, segundo o presidente do sindicato, apesar de também terem ocorrido demissões.
A quarentena decretada pelo governo fez com que as estradas ficassem mais vazias. Mesmo assim, José Alberto Panzan afirma que houve aumento no roubo de cargas e principalmente dos próprios caminhões no período.
De acordo com o sindicato da categoria, o auxílio emergencial do Governo Federal ajudou as empresas de transporte a manterem a maioria dos empregos. O adiamento do reajuste dos pedágios no Estado de São Paulo para novembro foi positivo para conter os custos no setor, mas a entidade teme que o valor aumente muito para compensar as perdas das concessionárias de rodovias.