As memórias pessoais sobre o isolamento social provocado pelo novo coronavírus poderão ser compartilhadas em uma plataforma digital desenvolvida na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, em parceria com várias instituições nacionais e internacionais. O projeto é coordenado pela professora e pesquisadora do Centro de Memória da Unicamp, Ana Carolina de Moura Delfim Maciel.
A proposta, segundo ela, é funcionar como uma cápsula do tempo. A plataforma ainda está em desenvolvimento, mas já na fase final. A previsão é que esteja disponível em meados de agosto. Mas enquanto não fica pronta, os relatos já podem ser expressos nas redes sociais, como Instagram e Facebook na página #memoriascovid19. Nos perfis, o internauta pode preencher um formulário relatando o seu olhar sobre o tema.
O foco está no testemunho que expresse a vivência e a percepção em tempos de isolamento social. A busca é por trajetórias de vida, memórias e seus diversos olhares. Os registros podem ser feitos em diferentes formas, como fotografias, vídeos, textos, áudios, desenhos, selfies, poemas, entre outros. Todo o material encaminhado será selecionado por uma equipe de curadores.
A coordenadora do projeto, Ana Carolina de Moura Delfim Maciel, explica que dentro da diversidade da experiência, a chamada é aberta e os relatos podem ser feitos também por pessoas que não conseguiram fazer o isolamento social por uma série de fatores, como pelo fato de estar trabalhando na linha de frente, ou não, da pandemia.
A plataforma vai servir para conectar as pessoas e será um espaço memorial para pesquisas no futuro. Além do acervo que vai configurar na plataforma, todo o material vai ficar salvo no arquivo histórico documental da Unicamp, pois a ideia não é ter somente os registros acadêmicos sobre a pandemia mundial da covid-19, mas também o relato da população que viveu a experiência.