A preocupação com o meio ambiente fez as incorporadoras e construtoras se adaptarem. Além de evitar a degradação da natureza, a construção dos empreendimentos atualmente busca aproximar as moradias dos espaços verdes.
O conceito se baseia na ideia de compactação e integração, na qual os moradores podem ter lazer e qualidade de vida perto de casa. A tendência é motivo de estudo em todo o mundo e envolve estruturas verticais e horizontais.
O CEO da Realitz Incorporadora, responsável pelos loteamentos Ecovilla e Varandas dos Jequitibás, Marcelo Zavaglia Coelho, conta que o objetivo é permitir que os recursos sejam privilegiados a partir de métodos inovadores.
“A tecnologia tem tido um papel central nesse desenvolvimento e tem ajudado na criação de novos materiais, no uso de meios sustentáveis e também na implantação de inteligência artificial. Permite obras de menos impacto”, alega.
A proximidade com áreas de proteção ambiental, ou locais como praças e parques, facilita a inclusão do verde no cotidiano das pessoas. Mas as medidas que buscam a melhor qualidade de vida também estão dentro dos condomínios.
Os espaços passaram a ter sistemas de coleta seletiva e de descarte adequado dos resíduos gerados diariamente. Além disso, depois que cada unidade fica pronta, o morador tem acesso a formas sustentáveis de utilizar serviços básicos.
“Além da coleta do lixo, tem a coleta do óleo e a água de reuso. Você também pode ter aeradores e temporizadores nas torneiras para diminuir o uso de água. Tem ainda os temporizadores na iluminação, LED e a energia solar”, lembra.
Um estudo recente da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, a Esalq/USP, concluiu que as quadras urbanas devem ser pensadas coletivamente e de forma integrada, se possível unindo a arquitetura das edificações e prédios.
Além disso, comparou bairros de São Paulo, do Distrito Federal e de Berlim. A capital alemã foi a que registrou edifícios menores e locais que possuíam os maiores índices de cobertura arbórea e adensamento sustentável e verde.