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Primeira sexta na fase amarela tem fluxo grande

Foto: Leandro Las Casas

A abertura do comércio na primeira sexta-feira da fase amarela em Campinas atraiu grande número de pessoas para o calçadão da 13 de Maio, no centro. Apesar disso, muitos passavam a trabalho e o comércio esperava pelas vendas.

A aglomeração assustou alguns pedestres que disseram estar no local por necessidade. Daiane Schimidt, por exemplo, estava a caminho de um compromisso e conta que voltaria mais tarde à via para fazer algumas compras.

“Eu passo aqui às vezes, de duas a três vezes por semana. Só vou fazer compras em uma loja mais tarde, mas coisa que a gente tá precisando mesmo. Eu acho que as pessoas deveriam vir só para o necessário e manter distanciamento”, diz.

Entre os comerciantes, a sensação é de que a reabertura por mais tempo aquece o mercado, mas segue abaixo do ideal. Fernando Lima vende celulares, não nota ainda reflexos positivos e critica o desrespeito às recomendações de isolamento.

“Dentro do meu nicho de mercado a resposta não tem sido boa, entendeu? Tem muita gente só passando e batendo perna como se não tivesse mais pandemia. Apesar de muita gente na rua, muitos poderiam estar em casa”, argumenta ele.

Na comparação com os outros dias úteis nos quais a reportagem esteve na região central e, principalmente, na Rua 13 de Maio, o fluxo desta sexta-feira chamou a atenção. O respeito ao uso de máscaras, porém, continuava amplo.

Outro setor que teve mudanças foi o de alimentação, que reabriu as portas totalmente a partir do dia 8 pela primeira vez desde o início das restrições. Mas neste caso, a expectativa ainda é mais baixa devido ao medo dos consumidores.

José Gonçalves prefere aguardar pra fazer uma projeção, já que considera que os números de doentes e mortos pelo coronavírus seguem altos. Apesar disso, justifica que está fazendo a parte dele na manutenção da higiene e dos cuidados.

“Ainda é momento de aguardar um pouco, porque as mortes ainda estão aumentando. Está difícil, porque o pessoal está com medo e a maior parte da clientela não volta. O certo é manter a cautela e fazer o recomendado”, opina.

Em outros restaurantes e lanchonetes da região central visitados no horário do almoço, o panorama notado no estabelecimento de José também se repetiu. Os salões não tinham filas, ou espera, e muitas mesas ainda seguiam desocupadas.

Os locais podem abrir por seis horas no período de 6h às 17h. Nos demais momentos do dia, o drive-thru e o delivery seguem autorizados. Já nas lojas, a abertura é de 10h às 16h de segunda a sexta e entre 9h e 15h aos fins de semana.

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