O requerimento para a convocação da secretária de Educação de Campinas, Solange Pellicer, foi reprovado pelos vereadores que formam a base de apoio do prefeito Jonas Donizette, do PSB. A proposta, que foi rejeitada por 21 membros da Casa e recebeu o apoio de outros seis, foi feita por Gustavo Petta, do PCdoB, que queria debater a definição de retorno das aulas da rede pública.
Para ele, que é contrário à medida, a decisão que estabeleceu o retorno das atividades presenciais nas escolas municipais para o dia 07 de outubro não ouviu toda a comunidade escolar da cidade. “Como vai ficar o transporte de alunos? E a infraestrutura das escolas? Pela Comissão de Educação, fiz várias reuniões, mas a pasta de Educação se negou a participar”, diz.
A fala recebeu o apoio de mais opositores, como Pedro Tourinho, do PT, e Mariana Conti, do PSOL, mas foi rebatida pelos governistas, que descartaram a necessidade da convocação. O vereador Zé Carlos, que é do mesmo partido de Jonas, por exemplo, lembra que a volta ficará a critério dos responsáveis e pais, que vão decidir e informar a secretaria.
Já o líder de Jonas no Legislativo, Luiz Rossini, do PV, diz que o plano de retorno apresentado pela Administração Municipal é cuidadoso e respeita todos os protocolos sanitários. “Nenhuma decisão do governo é tomada sem que haja um estudo do comitê que acompanha a covid-19. Através dele é que a medida é definida com segurança”, justifica ele.
A retomada efetiva das aulas está condicionada às definições do governo do estado no Plano São Paulo. Caso de fato ocorra, será dada prioridade aos alunos do quinto e do nono ano. No esquema apresentado pelo Executivo Municipal, os estudantes destas séries terão aulas presenciais diárias, enquanto os alunos dos outros anos seguirão com aulas virtuais.
Um protocolo feito pelo Departamento de Vigilância em Saúde da cidade informa quais condutas serão adotadas para quem apresentar sintomas e para possíveis surtos da doença. Além disso, os estudantes receberão um kit com máscaras, álcool em gel e garrafa de água e terão que medir a temperatura e higienizar mãos e as mochilas na entrada das instituições.
