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Sinalização em local de acidente é questionada

Foto: Leandro Las Casas

Os comerciantes do entorno da Rua Piracicaba, em Campinas, onde um motociclista morreu após colidir contra um bloco de concreto, afirmam que a sinalização das obras do corredor BRT no período noturno é insuficiente e pode ter contribuído para o acidente.

O proprietário de uma loja de carros perto do trecho onde ocorreu a fatalidade, Marcos Rogério, alega que, apesar de existir faixas de isolamento, cones e avisos sobre a proibição do tráfego na faixa que será usada pelos ônibus, não é fácil enxergar totalmente o trajeto.

“À noite fica muito mais difícil enxergar, porque é muito novo e eles mudaram bastante o que era antes. Porém, não sinalizaram direito e fecharam um acesso que a população estava acostumada a fazer há mais de 30 anos. Mudaram o local, mas deixaram o canteiro”, diz.

O questionamento do dono do estabelecimento se estende sobre a mudança na rotatória em frente ao local, já que as novas alças não permitem o acesso de quem está no sentido bairro à marginal do sentido centro da via. Com isso, conta já ter visto outras colisões na região.

“É uma rotatória que não tem rotatória. Quero dizer, quem vem de lá do sentido centro até consegue entrar na faixa central, mas o perigo é pra quem não conhece, porque acaba vindo na contramão, já que não tem sinalização e a mudança foi muito mal feita”, completa ele.

No ponto onde o condutor da moto bateu e foi lançado na noite do dia 08 não havia qualquer indício da ocorrência na manhã seguinte. Os únicos blocos de concreto vistos na via eram usados de base para as hastes que sustentam a faixa que separa a via do canteiro de obras.

A Emdec alega que o acidente na noite pode ter acontecido pela perda de controle do motociclista, mas a versão é questionada pelos familiares da vítima. A empresa responsável pelo trânsito na cidade foi novamente procurada para se posicionar sobre todas as críticas.

A nota enviada pela assessoria lamenta o que define como “trágico acidente” e afirma que “logo após a ocorrência, a Emdec acionou a empresa responsável pelo lote. Durante vistoria, foi constatada que a sinalização da obra está implantada de forma correta e adequada”.

Além disso, informa que a apuração das circunstâncias e responsabilidades pelo acidente será acompanhada junto à Polícia Civil, mas ressalta que o motociclista estava na faixa exclusiva de ônibus urbano, “o que é proibido pela legislação”

Por fim, justifica que a faixa está “devidamente sinalizada”, “foi liberada recentemente para a circulação” e que “a velocidade no local também está devidamente regulamentada em 50 km/h.” Porém, não se manifestou sobre a reclamação envolvendo a rotatória do trecho.

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