Com a falta de chuvas, o nível do Sistema Cantareira vem baixando em média 0,2% ao dia durante o ano. A situação tem se agravado nos últimos 2 meses, com registros de 5% de queda na reservação de água ao mês. Para se ter uma ideia em 11 de maio, o nível estava em 60,8% já 16 de setembro marcava 44,4%. A última vez que o Cantareira registrou variação positiva foi no dia 28 de junho. Na ocasião o nível subiu 0,1%.
Na mesma data, a vazão no Rio Atibaia, na estação de captação em Valinhos registrava 11.10 m3/s. No Rio Piracicaba 18.67 m3/s e no Atibaia, em Campinas, 9.35m3/s. Já no Ribeirão Quilombo em Sumaré 0.57m3/s. No Rio Capivari , em Monte Mor 2.7 m3/s e no Rio Jaguari , em Jaguariúna 3.54 m3/s.
O Sistema Cantareira, faz o abastecimento de água para a grande São Paulo e também para cidades de Campinas e região. De acordo com o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahoz, a redução no índice de reservação é preocupante, porém, ele explica que os municípios abastecidos pelo PCJ estão em uma situação mais tranquila.
De acordo com Francisco Lahoz, a situação é mais complicada para os 44 municípios que não são atendidos pelo PCJ. Para essas localidades foi implantado em parceria com o Governo do Estado o programa Superando a Estiagem, que prevê medidas de contingenciamento até período de chuvas, que começa em outubro.
O secretário executivo do Consórcio PCJ, defende a construção de reservatórios e explicou que recentemente o Plano de Revisão de Bacias 2010/2035 aprovou um investimento de R$7,6 bilhões. Parte do montante está reservada para a construção de três reservatórios na região de Campinas.
De acordo com Francisco Lahoz, medida que a vazão dos rios diminui o consumo de água tem aumentado, principalmente, neste período de pandemia. Diante da situação o Consórcio PCJ tem incentivado as reservas individuais com a construção de cisternas. Na área rural o recomendado são as bacias de contenção e para a s prefeituras a construção de piscinões ecológicos.