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Rede hoteleira da região esboça reação

Foto: Arquivo/CBN Campinas

As consequências econômicas trazidas pela pandemia ainda são incalculáveis para a rede hoteleira do país, que teve um trimestre inteiro com faturamento próximo a zero. Agora, com boa parte do estado na fase amarela do Plano São Paulo, o turismo começa a dar sinais de recuperação.

Os hotéis e resorts da região se prepararam, seguindo um rígido protocolo de segurança, para proteger os hóspedes, enquanto a pandemia segue como um grave problema de saúde pública. E pouco a pouco, as pessoas vão retomando a confiança e começam a buscar alternativas para o descanso e lazer.

É verdade que a procura acontece, quase que totalmente aos finais de semana, o que é insuficiente para um equilíbrio das finanças. Mas o fato é que o movimento vai aumentando aos poucos e abre boas perspectivas para datas especiais, como neste final de semana prolongado, com o feriado do 07 de setembro. O diretor executivo do The Royal Palm Plaza, Antônio Dias, explica que o mercado de lazer é aquele que primeiro deu sinais de recuperação, mas ainda não consegue cobrir as perdas do setor de eventos e negócios.

“A questão é que essa demanda para o mercado de lazer é muito concentrada em finais de semana e portanto, não consegue compensar todas as perdas do mercado de eventos e o mercado de viagens a negócios”, afirma.

No Tauá, em Atibaia, a retomada também tem o foco no mercado de lazer, chegando a registrar uma taxa de 30% do público que era recebido antes da pandemia. Mesmo com a retomada gradual das últimas semanas, o diretor corporativo de operações do grupo, Felipe de Castro, entende que normalidade somente se dará com a vacina. De todo modo, ele acredita que o resort pode atrair um público interessante nos próximos meses com a adoção dos protocolos de segurança.

“O processo de retomada é gradativo. A gente brinca que ainda estamos colocando óleo na máquina. Está muito longe ainda do movimento normal dos resorts aqui da região. Porém a gente sabe que a normalidade só virá com a confirmação da vacina e que a retomada só deve chegar perto do normal no primeiro trimestre do próximo ano”, disse.

A grande chave para a retomada do setor está na volta da realização de eventos. A expectativa é de que esse mercado volte a ficar movimentado em breve, já que a rede hoje é capaz de realizar os encontros com segurança. Para Antônio Dias, do The Royal Palm Plaza, o que falta agora são as empresas superarem a crise de confiança.

“É importante falar que nós temos protocolos seguros. Então a gente consegue sim fazer eventos com grande segurança. O que depende são as empresas se sentirem confortáveis em realizar os seus eventos”, garante.

A opinião é compartilhada por Felipe de Castro, do Tauá, que entende que a retomada será puxada pelo setor de lazer, com o de eventos voltando a se fortalecer apenas no decorrer de 2021. “A gente entende que eventos não vai ser o foco para 2020. O foco continuará sendo o lazer. Mas a gente espera que com a vacina, a retomada dos eventos seja realmente bem agressiva”, finaliza.

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