O Sindicato dos Servidores de Campinas pede mais proteção aos trabalhadores da área de saúde, que atuam na linha de frente no combate à pandemia do novo coronavírus. Até agora, a cidade já registrou 2.575 casos da doença entre esses profissionais, sendo que oito deles não resistiram e morreram por complicações da doença. Vale ressaltar que este número se refere ao total de trabalhadores da cidade, que comporta as redes municipal, estadual e particular.
O sindicato que representa os trabalhadores da rede do município pede o afastamento imediato dos funcionários da saúde que se encontram no chamado grupo de risco. Além disso, a entidade afirma que precisaria ser feita uma testagem em massa em todos os profissionais da saúde.
Outra reivindicação é que a prefeitura abra para todo o trabalhador infectado com a covid-19 uma comunicação de acidente de trabalho para ser caracterizado como doença ocupacional. De acordo com o diretor de saúde do sindicato dos servidores, Luciano Santos, o modo como o trabalhador vem sendo tratado durante a pandemia mostra o descaso da prefeitura com os profissionais de saúde.
“A prefeitura é falha nesse quesito de testagem em massa, ela é negligente com os seus servidores que são do grupo de risco ou que tem idade acima de 60 anos. Mas a gente (sindicato) tem atuado sim na fiscalização e nas reivindicações do trabalhador”, afirma.
Em nota, a assessoria da prefeitura informou que todos os profissionais da rede municipal que fazem parte dos grupos de risco estão afastados ou exercendo funções administrativas. Já em relação aos testes, os profissionais de saúde fazem os exames e são afastados sempre que apresentam os sintomas.
Todos os servidores que têm contato com casos suspeitos também são testados. A secretaria de saúde está finalizando um inquérito sorológico com todos os profissionais de saúde de Campinas. Sobre a comunicação de acidente de trabalho como doença ocupacional, a secretaria de saúde informou que o assunto está em discussão.
